O Disquete ou Disco Flexível (Floppy Disk), outra de várias invenções interessantes derivadas do universo dos microcomputadores, foi praticamente o primeiro dispositivo popular e portátil de armazenamento sendo utilizado para preservar, transportar e transferir dados entre microcomputadores. Embora praticamente obsoleto por conta do avanço natural e também popularização dos dispositivos de armazenamento USB (memória flash, hd externo entre alguns) considerando o mesmo nível de portabilidade, compatibilidade e praticidade antecedeu também uma boa quantidade de outras formas de armazenamento móvel como o CD, DVD e BluRay, perdurando como armazenamento móvel dominante e amplamente utilizado por décadas.

Os Disquetes, possuem pequenas variações em suas capacidades de armazenamento, a versão que praticamente dominou mundialmente o conceito de armazenamento portátil foi a de 3.5” (ou 3 ½ polegadas) despontando com capacidade de armazenamento inicial de 360kb (isso mesmo, 360 kilobytes de espaço disponível) em formado SS (Single Sided – Lado Único) e SD (Single Density – Densidade Simples), crescendo para 720 kb e por último de 1.44mb (sim, 1.44 megabytes) de armazenamento no padrão DS (Double SidedGravação nos dois lados ou superfícies do disco) em HD (High Density – Alta Densidade). Embora externamente quadrado, os dados são gravados numa fina folha circular de plástico revestida com óxido de ferro, tradicionalmente conhecido como disco magnético, entre ele e as capas plásticas protetoras e por fim pequena película para reduzir o atrito e ao mesmo tempo evitar alguma estática ou outra interferência que possa comprometer o processo de leitura e gravação além da preservação dos dados.

Na imagem abaixo, uma unidade de disquete de 3.5”, aqui de 1.44mb de capacidade, na nomenclaturas 2HD é uma redução e junção da identificação inicial DD e HD onde o número 2 representa Dois Lados para leitura e escrita.

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Na próxima imagem é mostrado o “verso” do disquete onde o disco magnético, como já antecipado, é protegido por essa capa plástica em ambos os lados, ele também possui um pequeno “chanfro” para evitar a inserção invertida no Leitor de Disquetes.

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Mecanismo Obturador:

Na parte superior do disquete existe uma pequena veneziana onde nos primeiros disquetes era de metal e pouco tempo depois substituída por plástico, conectada a uma pequena mola mantendo fechada a parte de acesso ao disco magnético interno, protegendo o acesso inadvertido e também aos dados ali armazenados contra poeira e outros fatores externos como algum objeto que pudesse danificar permanentemente o disco magnético. Ao inserir o disco flexível no leitor de disquetes essa tampa protetora é horizontalmente retraída para as cabeças de leitura e gravação terem acesso e poderem interagir na superfície magnética em ambos os lados do disco flexível.

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Essa pequena mola pode ser visualizada na imagem abaixo, localizada entre a parte plástica e a pequena tampa metálica, mantendo fechada enquanto fora do leitor para proteção da área de leitura e gravação, ainda assim tendo uma pressão suficiente apenas para não permitir a abertura involuntária já que pode ser aberta por uma pessoa sem muito esforço.

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Estrutura Interna do Disquete de 3½:

Ao desmontar um disquete, sem chance de remontagem, seus componentes internos podem ser melhor visualizados como o disco magnético, as capas plásticas (aqui irreversivelmente rompidas) e o pequeno pedaço de feltro protegendo do contado com as tampas plásticas, ele possui uma pequena trava deslizante que quando acionada impede o processo de gravação funcionando somente para leitura, muito útil impedindo inadvertidamente substituir, excluir ou até mesmo formatar um disco flexível e para facilitar sua organização é comum o uso de etiquetas adesivas para identificar ao menos de maneira simples seu conteúdo:

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Ambas as tampas plásticas são quase totalmente cobertas internamente por esse feltro, retomando sobre o objetivo de reduzirem o atrito com o disco magnético, colaborarem com a rotação adequada e também efetuando uma contínua limpeza para evitar o acúmulo e até existência de possíveis partículas de poeira na superfície do disco magnético.

Dentro de um dos lados do invólucro plástico existe outra pequena chapa metálica presa a ele, atuando como uma mola pressionando levemente essa peça de feltro contra o disco magnético, dessa maneira se partículas de poeira conseguirem ultrapassar a proteção metálica elas serão eliminadas no próprio funcionamento do disquete, enquanto a rotação contínua do disco magnético em contato com essa película de feltro promove a limpeza da superfície.

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Conhecendo o Disco Magnético:

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Representando o coração do disquete temos o já comentado Disco Magnético, componente circular e de material plástico revestido com óxido de ferro, de natureza ferromagnética e por conta disso ao ser exposto a um campo magnético ficará permanentemente magnetizado, isto pelo processo de leitura, gravação e preservação dos dados ocorrer através de contínuas variações de magnetização e desmagnetização na superfície desse disco.

Fisicamente colado ao centro dele e com menor diâmetro existe outro disco totalmente metálico também conhecido como cubo, esse cubo possui orifícios que são encaixados ao motor do leitor de disquetes quando o disco flexível é inserido, depois desencaixado ao ejetar o disco flexível, motor responsável pela adequada velocidade de rotação permitindo a leitura adequada pelas cabeças de leitura e gravação.

Sua estrutura de armazenamento segue os mesmos princípios do disco rígido e ao sistema operacional relacionados, dessa maneira ele também precisa ser formatado adotando o mesmo tipo de organização digital através de trilhas e setores além de ter um padrão de arquivos, por último o tamanho referente ao disquete, assunto deste artigo, é referente ao diâmetro do disco magnético possuindo 3,5 polegadas.

O Leitor de Disquetes:

O leitor de disquete (Floppy Drive) é o aparelho responsável pela leitura e escrita nos discos flexíveis, nativamente reconhecendo todas as capacidades de armazenamento padronizadas, embora alguns programas conseguiam configurar outros tamanhos desde que dentro do limite do disco flexível. O disco flexível após inserido na unidade e reconhecido pelo sistema operacional informa sua atividade através de um pequeno led (normalmente de cor verde), para a ejeção basta apertar o pequeno botão pouco abaixo da entrada do leitor. Os leitores de disquetes ficam instalados na frente dos computadores e mesmo em notebooks foram bastante populares, conectado entre ele e a placa-mãe por um cabo conhecido como flat cable ou popularmente “cabo chato”, mas diferente dos discos rígidos que possuem 2 entradas conhecidas como IDE permitindo até 4 dispositivos, no leitor de disquetes essa expansão é fisicamente limitada a apenas dois dispositivos.

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Conclusão:

A importância dos discos flexíveis tornou-se tão grande ao nível de padronizar simbolicamente a ação de salvar em qualquer programa de informática, o ícone de salvar é por padrão a representação de um disquete de 3.5”, eternizando essa simbologia mesmo após décadas de sua obsolescência.

Ainda assim, pelo tempo passado de sua descontinuidade ocorre que apenas os que vivenciaram essa experiência, muitas vezes relativo sofrimento quando um disquete se corrompia ou era danificado, conseguem entender e explicar os motivos daquele símbolo em todo programa de computador, predominantemente com ambiente gráfico e até indiferente do sistema operacional utilizado, justificativa para elaboração desse conteúdo ainda que bem simplificado, descrevendo algumas de suas características.



Momento Nostalgia :: Aprendendo sobre o famoso Disquete de 3.5”
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